O edital do
concurso para o Banco do Brasil destinado a escriturário sairá em
outubro, segundo informou o diretor de Gestão de Pessoas do banco,
Carlos Netto, durante a tarde deste sábado, 29 de setembro, na 3ª Feira
da Carreira Pública e Mercado de Trabalho, no Rio de Janeiro. Segundo
ele, a organizadora da seleção será a Fundação Carlos Chagas,
confirmando o que a FOLHA DIRIGIDA havia divulgado recentemente.
O próximo
concurso será para 15 estados: Mato Grosso, Acre, Amapá, Ceará,
Maranhão, Paraíba, Paraná, Piauí, Rondônia, Amazonas, Pernambuco, Rio
Grande do Norte, Roraima, Santa Catarina, Sergipe. A remuneração para o
cargo, que exige apenas o nível médio, é de R$2.470,08, sendo R$1.408 de
salário, R$352 de gratificação semestral (25% paga mensalmente),
R$399,30 de auxílio-alimentação e R$311,08 de cesta-alimentação, para
carga de trabalho é de 30 horas semanais. Mais informações sobre o
concurso serão divulgadas em breve.
Em
sua palestra apresentada no último dia da 3ª Feira da Carreira Pública,
Carlos Netto falou da importância de se fazer um planejamento para a
própria carreira. Segundo ele, participar de um concurso público deve
ser uma escolha feita com muito cuidado. “A carreira é um plano e também
é fruto das nossas escolhas. Antes de tudo devemos escolher qual
concurso queremos fazer e, depois disso, a próxima decisão é se
inscrever nesse concurso. Por incrível que pareça, uma das coisas que
mais eliminam candidato é quando a pessoa pensa em fazer o concurso, mas
não se inscreve”, explicou.
Ao
falar da importância das escolhas, Netto citou Maquiavel, que filosofou
que virtude é a capacidade de planejar e executar o que planejou.
“Muitas vezes vejo que há pessoas que não dão valor à virtude de
Maquiavel e percebo que o que falta é o bom planejamento, coisa que é
fundamental para a construção de uma carreira”, disse. O diretor ainda
compara a carreira à massa de um bolo. “Tem gente que acha que investir
na profissão é com graduação e especializações. Mas, na verdade, a
carreira é como um bolo, ou seja, não podemos deixar desandar. Se há
muita farinha de trigo, colocamos fermento, se há fermento, colocamos
farinha de trigo. Quero dizer que não adianta ser muito especializada se
a pessoa não é capacitada, tem que saber se adequar ao perfil da
empresa.”
Ele
destaca que é essencial que o candidato reflita o que o motivou a
escolher trabalhar no Banco do Brasil, porque o que marca o poder de
transformação são as escolhas de cada um. “Há gente que faz o concurso
influenciado pelo pai, pela mãe e outros familiares. Mas é você que vai
trabalhar lá dentro, então é importante que você queira de verdade estar
no banco”, disse. Além disso, Netto considera ser muito importante a
identificação com o trabalho e a construção de um significado para o que
a pessoa faz. “Temos que estar apaixonados pelo resultado do nosso
trabalho, porque ficamos mais tempo trabalhando do que em casa, então
precisamos gostar mesmo daquilo que fazemos. Se não nos identificamos, o
trabalho fica árido e pesado”, contou.
Sendo
assim, ele analisa que quando se compreende o significado do trabalho,
há uma energia maior para executá-lo e, portanto, o crescimento
profissional é mais visível. “A tarefa da gestão de pessoas é levar essa
reflexão aos funcionários do banco, para que elas possam entender que a
ascensão profissional só é possível quando gostamos do que fazemos”,
afirmou. Durante a palestra, o diretor ainda falou da importância do
Banco do Brasil para o país. De acordo com ele, a empresa, com 204 anos
de existência, foi a primeira bancária a chegar em regiões onde não
havia nenhum outro banco, levando desenvolvimento e tecnologia para
lugares distantes. Diante desse cenário, Netto acredita que é
imprescindível que o funcionário reconheça o valor do BB para o Brasil.
“Temos
uma responsabilidade ímpar e um compromisso com a sociedade, que é a
maior acionista do Banco do Brasil. As pessoas que entram devem saber
que quanto maior for o nosso trabalho, mais forte ficará a empresa, ou
seja, o banco cresce – e está do tamanho que vemos hoje – de acordo com o
desempenho dos funcionários”, explicou. O dirigente também informou, em
sua apresentação, que boa parte dos funcionários do BB (25,7%) tem
entre 46 e 55 anos de idade. Em virtude disso, ele informou que nos
próximos anos haverá novos concursos, já que essas pessoas poderão se
aposentar, necessitando, assim, que o banco supra essas saídas.
Segundo
Netto, o plano de carreiras da empresa conta com um diferencial.
“Antigamente, o processo de encarreiramento era por antiguidade, mas
esse modelo foi quebrado porque era inadequado. Então, hoje em dia, é
diferente, a pessoa ascende por mérito”, disse ele, pontuando os
caminhos para esse desenvolvimento profissional, como bolsa de idiomas,
bolsas de graduação e pós-graduação, certificações internas, Sistema de
Talento e Oportunidades (TAO), entre outros.
O
diretor acredita que carreira é uma via de mão dupla e, portanto, deve
beneficiar tanto o banco quanto o funcionário. “Somente no primeiro
semestre deste ano, demos 1.000 bolsas de pós-graduação e 1.400 de
graduação, são números altos para um período de tempo curto. Mas, em
contrapartida, cobramos frequência, notas e o término do curso”,
concluiu. Ao fim da palestra, ele explicou as mudanças que acontecerão
na prova do próximo concurso. Além da inclusão da redação, haverá
conteúdos relacionados ao BB e à área de vendas e técnicas de
negociação, e ainda modificações na disciplina de Raciocínio Lógico. “O
mercado está mudando, então vimos a necessidade de mudar o que cobramos
nas provas”, finalizou.
Fonte: Folha Dirigida
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