Conectar-se à internet nunca foi tão necessário. Seja para estudar, se divertir, jogar, conhecer alguém, namorar ou simplesmente aproveitar o tempo vago. Contudo, mais fácil ainda é ter um perfil em um site de relacionamento, mais conhecido como redes sociais. Faz já algum tempo que as relações virtuais são abordadas em meio aos concurseiros. Quase sempre, o foco do debate é negativo. Alguns afirmam que passar longo período em sites como Facebook, Twitter e Orkut pode afetar o rendimento dos estudos. Professores alertam para a perda do tempo gasto nessas atividades, que deveria ser destinado aos livros e apostilas. Há alguns - poucos, é verdade - que garantem ser possível manter a qualidade da preparação, sem abrir mão da “vida virtual”.
O fato é que as redes sociais, de tão relevantes na vida dos indivíduos, começam a ganhar um novo status neste debate. De inimigas - quem sabe aliadas? - elas passam a fazer parte do conteúdo programático de concursos. É isso mesmo! Passam a ser vistas como 'disciplina' - e assim devem ser estudadas. De acordo com o edital do Banco do Brasil, no concurso para escriturário (com inscrições abertas até 5 de novembro, leia aqui) e que visa à formação de cadastro de reserva em 15 estados, um dos itens de avaliação na área de Informática será o Domínio Produtivo de Informática, que exigirá conhecimentos das redes sociais (Facebook, Twitter, Linkedin, etc).
Mas, será este um caso isolado? E mais: como será que as bancas de concursos vão avaliar os conhecimentos dos concorrentes sobre a nova disciplina? Como o tema 'redes sociais' será cobrado nas provas? De acordo com o professor de Informática do Gran Cursos, Erion Monteiro, incorporar novas áreas de conhecimento às seleções públicas não é uma novidade. “As redes sociais até já apareceram em editais anteriores, inclusive, no concurso da Anatel. O que está aumentando é o número de bancas que estão explorando o tema. É uma atualização necessária”.
A importância das redes sociais no mundo corporativo e também no meio dos concursos é uma questão a ser tratada com muito respeito. Segundo o professor, hoje, o Facebook pode ser considerado um portal de entrada para a internet. “Para muitos, a rede social é o primeiro contato com o mundo virtual. Hoje, no século XXI, isso faz parte do nosso cotidiano. O Facebook, por exemplo, é um site que agrega valores e serviços, que permite ao usuário trocar mensagens, se comunicar, adquirir conteúdo”. Algumas instituições vêm adotando as redes como forma de publicidade gratuita para os futuros consumidores ou como meio de prestar serviço de forma facilitada. No que diz respeito ao setor público, o professor reitera sua importância. “Para o governo pode ser uma ferramenta importante de pesquisa social, difusão de campanhas de caráter público ou até mesmo prestação de serviços”.
O que tem mais preocupado os candidatos é a forma como esse conteúdo será cobrado na prova, pois usar a ferramenta com ênfase no entretenimento próprio é totalmente diferente de manuseá-la com fins comerciais. Nesta situação, o professor ressalta: “o candidato deve estar muito atento a certas terminologias das redes sociais, às características que as diferenciam. É essencial saber o tipo de rede que está sendo usada. O Twitter, por exemplo, permite apenas 140 caracteres”. Segundo Erion, em suas turmas a notícia não soou como uma bomba, pois os concorrentes já estavam cientes da possibilidade do conteúdo ser cobrado, a exemplo do que havia acontecido em outros órgãos. “Como eles são usuários de redes sociais, a maioria vê com bons olhos a cobrança. Até mesmo aqueles com idade um pouco mais avançada. É importante frisar que os candidatos devem estar focados em todas as redes sociais, e não em apenas uma, ou a que julgar ser mais importante”.
Cobrança é natural, mas gera dúvidas e críticas
De acordo com recentes pesquisas, os jovens estão em grande parte nas redes sociais. Dentro da sala de aula, o assunto rende comentários entre os colegas. A estudante Dandara Andrade, de 19 anos, expõe sua opinião sobre o assunto. "Jamais pensei que esse conteúdo pudesse vir a ser cobrado em concurso público. Acho que devem cobrar o que realmente o servidor irá usar no órgão. No caso do BB, o Facebook, por exemplo, é desnecessário". Erion acredita que a didática sobre o tema deve ser ampla, de modo que permita o fácil entendimento. "Geralmente, a gente apresenta os fundamentos e características de cada rede social, adequando às necessidades da banca, que pode exigir de forma mais simples ou complexa, principalmente nos concursos de nível superior". Questionado sobre a organizadora, o professor ratifica: "ainda é uma surpresa saber a forma como a FCC irá cobrar o tema. A tendência é que seja uma abordagem de forma cotidiana, das ferramentas que são utilizadas pelos usuários".
No ambiente profissional, devem ser adotados comportamentos de boa conduta, o que inclui o bom uso da internet pelos funcionários. Sabendo que o uso deliberado pode afetar a qualidade e o crescimento da carreira, Erion explica: "o computador corporativo, aquele utilizado na empresa, jamais pode ser considerado como um acessório particular. A navegação deve ser usada apenas com fins comerciais. O bom uso da rede social no meio de trabalho é aquele onde as ferramentas são usadas para facilitar ou atender melhor o cliente ou público-alvo".
As chamadas "Fan Pages" são cada vez mais populares no Facebook. Nesse caso, o funcionário é orientado a agir respondendo pela empresa, de forma que não haja conexão entre a vida pessoal e o perfil monitorado. "Nesse caso deve ser evitado o acesso do colaborador ao seu perfil pessoal, fazendo com que ele tenha acesso apenas ao perfil da empresa ou órgão. Em hipótese alguma, o funcionário deve se relacionar com amigos ou expor interesses próprios", reitera. Nem todo mundo gosta de usar as redes sociais. Alguns acham que elas promovem exposição demais da vida pessoal, num comportamento que pode ser até perigoso. Já outras pessoas acreditam que ignorá-las é uma forma "alienada" de viver. Comentários desse tipo são feitos, geralmente, por pessoas com mais idade. No entanto, para a seleção do Banco do Brasil, é esperado um grande número de inscritos com idades variadas. Para não serem pegos de surpresa, aqueles que têm aversão às redes, de acordo com Erion, devem, pelo menos, se inteirar sobre o tema.
"No primeiro momento, eles necessitam fazer uma leitura detalhada sobre o que é rede social, quais ferramentas são disponíveis. A partir daí começar a enxergar como isso pode ser útil na vida profissional. No conjunto da disciplina, é necessário ter ciência de outros tópicos de grande importância. No caso desta, como é um banco, a questão da segurança é primordial. Todavia, devem ser observados alguns outros aspectos, tais como os protocolos e sofwares que protegem as informações". Apesar de ainda ser vista por muitos como forma de entretenimento e de comunicação social entre as pessoas, as redes sociais vêm sendo exploradas cada vez mais em termos de ferramentas de divulgação cultural, profissional, de acréscimo de cultura ou até mesmo no que diz respeito às características profissionais e de divulgação de serviços. Por isso mesmo, o jeito é se adaptar à inclusão das redes nos programas de concurso. E aí, concurseiro? Curtiu a novidade?
Fonte: Folha Dirigida
O fato é que as redes sociais, de tão relevantes na vida dos indivíduos, começam a ganhar um novo status neste debate. De inimigas - quem sabe aliadas? - elas passam a fazer parte do conteúdo programático de concursos. É isso mesmo! Passam a ser vistas como 'disciplina' - e assim devem ser estudadas. De acordo com o edital do Banco do Brasil, no concurso para escriturário (com inscrições abertas até 5 de novembro, leia aqui) e que visa à formação de cadastro de reserva em 15 estados, um dos itens de avaliação na área de Informática será o Domínio Produtivo de Informática, que exigirá conhecimentos das redes sociais (Facebook, Twitter, Linkedin, etc).
Mas, será este um caso isolado? E mais: como será que as bancas de concursos vão avaliar os conhecimentos dos concorrentes sobre a nova disciplina? Como o tema 'redes sociais' será cobrado nas provas? De acordo com o professor de Informática do Gran Cursos, Erion Monteiro, incorporar novas áreas de conhecimento às seleções públicas não é uma novidade. “As redes sociais até já apareceram em editais anteriores, inclusive, no concurso da Anatel. O que está aumentando é o número de bancas que estão explorando o tema. É uma atualização necessária”.
A importância das redes sociais no mundo corporativo e também no meio dos concursos é uma questão a ser tratada com muito respeito. Segundo o professor, hoje, o Facebook pode ser considerado um portal de entrada para a internet. “Para muitos, a rede social é o primeiro contato com o mundo virtual. Hoje, no século XXI, isso faz parte do nosso cotidiano. O Facebook, por exemplo, é um site que agrega valores e serviços, que permite ao usuário trocar mensagens, se comunicar, adquirir conteúdo”. Algumas instituições vêm adotando as redes como forma de publicidade gratuita para os futuros consumidores ou como meio de prestar serviço de forma facilitada. No que diz respeito ao setor público, o professor reitera sua importância. “Para o governo pode ser uma ferramenta importante de pesquisa social, difusão de campanhas de caráter público ou até mesmo prestação de serviços”.
O que tem mais preocupado os candidatos é a forma como esse conteúdo será cobrado na prova, pois usar a ferramenta com ênfase no entretenimento próprio é totalmente diferente de manuseá-la com fins comerciais. Nesta situação, o professor ressalta: “o candidato deve estar muito atento a certas terminologias das redes sociais, às características que as diferenciam. É essencial saber o tipo de rede que está sendo usada. O Twitter, por exemplo, permite apenas 140 caracteres”. Segundo Erion, em suas turmas a notícia não soou como uma bomba, pois os concorrentes já estavam cientes da possibilidade do conteúdo ser cobrado, a exemplo do que havia acontecido em outros órgãos. “Como eles são usuários de redes sociais, a maioria vê com bons olhos a cobrança. Até mesmo aqueles com idade um pouco mais avançada. É importante frisar que os candidatos devem estar focados em todas as redes sociais, e não em apenas uma, ou a que julgar ser mais importante”.
Cobrança é natural, mas gera dúvidas e críticas
De acordo com recentes pesquisas, os jovens estão em grande parte nas redes sociais. Dentro da sala de aula, o assunto rende comentários entre os colegas. A estudante Dandara Andrade, de 19 anos, expõe sua opinião sobre o assunto. "Jamais pensei que esse conteúdo pudesse vir a ser cobrado em concurso público. Acho que devem cobrar o que realmente o servidor irá usar no órgão. No caso do BB, o Facebook, por exemplo, é desnecessário". Erion acredita que a didática sobre o tema deve ser ampla, de modo que permita o fácil entendimento. "Geralmente, a gente apresenta os fundamentos e características de cada rede social, adequando às necessidades da banca, que pode exigir de forma mais simples ou complexa, principalmente nos concursos de nível superior". Questionado sobre a organizadora, o professor ratifica: "ainda é uma surpresa saber a forma como a FCC irá cobrar o tema. A tendência é que seja uma abordagem de forma cotidiana, das ferramentas que são utilizadas pelos usuários".
No ambiente profissional, devem ser adotados comportamentos de boa conduta, o que inclui o bom uso da internet pelos funcionários. Sabendo que o uso deliberado pode afetar a qualidade e o crescimento da carreira, Erion explica: "o computador corporativo, aquele utilizado na empresa, jamais pode ser considerado como um acessório particular. A navegação deve ser usada apenas com fins comerciais. O bom uso da rede social no meio de trabalho é aquele onde as ferramentas são usadas para facilitar ou atender melhor o cliente ou público-alvo".
As chamadas "Fan Pages" são cada vez mais populares no Facebook. Nesse caso, o funcionário é orientado a agir respondendo pela empresa, de forma que não haja conexão entre a vida pessoal e o perfil monitorado. "Nesse caso deve ser evitado o acesso do colaborador ao seu perfil pessoal, fazendo com que ele tenha acesso apenas ao perfil da empresa ou órgão. Em hipótese alguma, o funcionário deve se relacionar com amigos ou expor interesses próprios", reitera. Nem todo mundo gosta de usar as redes sociais. Alguns acham que elas promovem exposição demais da vida pessoal, num comportamento que pode ser até perigoso. Já outras pessoas acreditam que ignorá-las é uma forma "alienada" de viver. Comentários desse tipo são feitos, geralmente, por pessoas com mais idade. No entanto, para a seleção do Banco do Brasil, é esperado um grande número de inscritos com idades variadas. Para não serem pegos de surpresa, aqueles que têm aversão às redes, de acordo com Erion, devem, pelo menos, se inteirar sobre o tema.
"No primeiro momento, eles necessitam fazer uma leitura detalhada sobre o que é rede social, quais ferramentas são disponíveis. A partir daí começar a enxergar como isso pode ser útil na vida profissional. No conjunto da disciplina, é necessário ter ciência de outros tópicos de grande importância. No caso desta, como é um banco, a questão da segurança é primordial. Todavia, devem ser observados alguns outros aspectos, tais como os protocolos e sofwares que protegem as informações". Apesar de ainda ser vista por muitos como forma de entretenimento e de comunicação social entre as pessoas, as redes sociais vêm sendo exploradas cada vez mais em termos de ferramentas de divulgação cultural, profissional, de acréscimo de cultura ou até mesmo no que diz respeito às características profissionais e de divulgação de serviços. Por isso mesmo, o jeito é se adaptar à inclusão das redes nos programas de concurso. E aí, concurseiro? Curtiu a novidade?
Fonte: Folha Dirigida
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