Passar em um concurso público depende, entre outros
aspectos, de uma boa produção de texto. Não basta apenas focar os
estudos nas matérias-padrão e nos conhecimentos específicos de
determinada área. O candidato, muitas vezes, desperdiça a oportunidade de ingressar na carreira
pública por não possuir uma estrutura de escrita voltada para a
elaboração de uma redação. Em virtude disso, FOLHA DIRIGIDA entrevistou o
professor Marcelo Braga, autor do livro "Redação - Teoria e Prática -
2ª edição", que propõe, através de um método prático e objetivo,
facilitar a produção textual dos concurseiros.
Segundo Marcelo, não existe uma fórmula para escrever bem, e sim mecanismos que, por meio do conhecimento de elementos essenciais, fornecem a estrutura necessária para a boa dissertação. Para o professor, a principal dificuldade encontrada por parte dos candidatos é o entendimento do tema e a estruturação dos textos (formulação de parágrafos e articulação de períodos). “É importante que o concursando entenda o tema proposto, já que todo texto dependerá dessa temática. A partir daí, o candidato deve escolher um único caminho, dentre as várias citações que o tema sugere. Sendo assim, através de uma seleção correta de informações, irá decorrer o texto, por meio de uma progressão temática”.
De acordo com o educador, essa progressão temática poderá auxiliar a manutenção da sequência lógica de pensamento, e permitirá a contextualização do texto. O candidato poderá fazer uso de alusões históricas, argumentos e contra-argumentações, exemplificações ou orações de causa e efeito; dependendo do que o tema sugerir. Confira a seguir os pontos aos quais os candidatos devem ter maior atenção, segundo o professor.
- Introdução, desenvolvimento e conclusão
Por mais incrível que pareça, e por mais que os próprios termos indiquem a natureza de cada estrutura, muitos candidatos têm dificuldades de identificar ou, então, de redigir sua dissertação respeitando esta ordem lógica. Não é raro, em vestibulares e concursos, que professores se deparem com redações onde a ideia da conclusão é apresentada logo no primeiro parágrafo... Vamos, então, às regras gerais? A introdução é onde o tema abordado é apresentado, aconselha-se que tenha apenas um parágrafo de quatro a seis linhas. É importante que ela determine a ideia central do texto. O desenvolvimento é onde quem escreve expõe seu ponto de vista e argumenta de uma forma lógica, fortalecida com uma fundamentação teórica embasada, para que o leitor acompanhe seu raciocínio. A conclusão é a informação final. O candidato poderá apresentar uma sugestão, reforçar o processo, fazer o uso de uma intervenção ou apresentar uma solução; desde que fique claro que aquela informação encerrou o texto.
- Parágrafos e períodos
Primeiramente, cada parágrafo é organizado em torno de uma ideia central (tópico frasal), constituído de início, meio e fim, com cerca de dois ou três períodos. A quantidade de parágrafos na estruturação do texto vai depender, por exemplo, da instituição, se cobra de 20 a 30 linhas é fundamental que se trabalhe o conjunto do texto entre quatro ou seis parágrafos. “O candidato não pode ter um parágrafo introdutório maior que o do desenvolvimento, um com três, outro com dez linhas... Deve tentar manter uma linearidade”, completa o autor. Os períodos devem estar articulados de modo que o leitor consiga compreender a ligação entre um parágrafo e outro. O candidato deve primar pela concisão e, para isso, Marcelo Braga sugere fazer uso de elementos “maquiadores” dessa articulação, como a utilização correta dos pronomes, de sinônimos ou quase sinônimos, que são aquelas palavras que embora não tenham a sinonímia do vocábulo, no contexto passam a ser substituto da palavra.
- O que nunca fazer numa redação
Em um texto dissertativo-argumentativo, o candidato não deve fazer uso de passagens de outro texto, prescrever o tema, usar coloquialismos ou oferecer qualquer traço de oralidade, como "cruzar os braços", "fechar os olhos", "ir de vento em popa". Segundo o autor, esses elementos retiram a extensão do texto. “O candidato deverá primar sempre por informações inovadoras, que não estejam ligadas ao senso comum, que fujam de vocábulos modistas. Deve apresentar palavras que estejam na linha da normatividade”, conclui. Ou seja, nada de abreviações e símbolos, comumente utilizados nas conversas de internet... O autor do texto deve se ater ainda à utilização adequada dos recursos gramaticais. Erros de pontuação, no caso da vírgula, da crase, ou de concordância, são muito comuns nas redações. Para evitá-los, o professor propõe que o candidato sempre revise o texto, de forma a corrigir possíveis equívocos.
- Temas que podem cair
Para o professor Marcelo Braga, é preciso estar bem atualizado. Por conta disso, os candidatos devem ficar ligados nos principais assuntos de 2012 e nas notícias que vão acontecer durante todo o ano. Grandes eventos como a Copa do Mundo, que acontecerá no Brasil, em 2014, podem ser cobrados nas próximas seleções. Além disso, temas como liberdade de imprensa, comissão da verdade, sustentabilidade, lixo eletrônico, eleições 2012, julgamento do Mensalão e a questão da capacitação profissional têm sido recorrentes entre as principais bancas. Fonte : Folha Dirigida
Segundo Marcelo, não existe uma fórmula para escrever bem, e sim mecanismos que, por meio do conhecimento de elementos essenciais, fornecem a estrutura necessária para a boa dissertação. Para o professor, a principal dificuldade encontrada por parte dos candidatos é o entendimento do tema e a estruturação dos textos (formulação de parágrafos e articulação de períodos). “É importante que o concursando entenda o tema proposto, já que todo texto dependerá dessa temática. A partir daí, o candidato deve escolher um único caminho, dentre as várias citações que o tema sugere. Sendo assim, através de uma seleção correta de informações, irá decorrer o texto, por meio de uma progressão temática”.
De acordo com o educador, essa progressão temática poderá auxiliar a manutenção da sequência lógica de pensamento, e permitirá a contextualização do texto. O candidato poderá fazer uso de alusões históricas, argumentos e contra-argumentações, exemplificações ou orações de causa e efeito; dependendo do que o tema sugerir. Confira a seguir os pontos aos quais os candidatos devem ter maior atenção, segundo o professor.
- Introdução, desenvolvimento e conclusão
Por mais incrível que pareça, e por mais que os próprios termos indiquem a natureza de cada estrutura, muitos candidatos têm dificuldades de identificar ou, então, de redigir sua dissertação respeitando esta ordem lógica. Não é raro, em vestibulares e concursos, que professores se deparem com redações onde a ideia da conclusão é apresentada logo no primeiro parágrafo... Vamos, então, às regras gerais? A introdução é onde o tema abordado é apresentado, aconselha-se que tenha apenas um parágrafo de quatro a seis linhas. É importante que ela determine a ideia central do texto. O desenvolvimento é onde quem escreve expõe seu ponto de vista e argumenta de uma forma lógica, fortalecida com uma fundamentação teórica embasada, para que o leitor acompanhe seu raciocínio. A conclusão é a informação final. O candidato poderá apresentar uma sugestão, reforçar o processo, fazer o uso de uma intervenção ou apresentar uma solução; desde que fique claro que aquela informação encerrou o texto.
- Parágrafos e períodos
Primeiramente, cada parágrafo é organizado em torno de uma ideia central (tópico frasal), constituído de início, meio e fim, com cerca de dois ou três períodos. A quantidade de parágrafos na estruturação do texto vai depender, por exemplo, da instituição, se cobra de 20 a 30 linhas é fundamental que se trabalhe o conjunto do texto entre quatro ou seis parágrafos. “O candidato não pode ter um parágrafo introdutório maior que o do desenvolvimento, um com três, outro com dez linhas... Deve tentar manter uma linearidade”, completa o autor. Os períodos devem estar articulados de modo que o leitor consiga compreender a ligação entre um parágrafo e outro. O candidato deve primar pela concisão e, para isso, Marcelo Braga sugere fazer uso de elementos “maquiadores” dessa articulação, como a utilização correta dos pronomes, de sinônimos ou quase sinônimos, que são aquelas palavras que embora não tenham a sinonímia do vocábulo, no contexto passam a ser substituto da palavra.
- O que nunca fazer numa redação
Em um texto dissertativo-argumentativo, o candidato não deve fazer uso de passagens de outro texto, prescrever o tema, usar coloquialismos ou oferecer qualquer traço de oralidade, como "cruzar os braços", "fechar os olhos", "ir de vento em popa". Segundo o autor, esses elementos retiram a extensão do texto. “O candidato deverá primar sempre por informações inovadoras, que não estejam ligadas ao senso comum, que fujam de vocábulos modistas. Deve apresentar palavras que estejam na linha da normatividade”, conclui. Ou seja, nada de abreviações e símbolos, comumente utilizados nas conversas de internet... O autor do texto deve se ater ainda à utilização adequada dos recursos gramaticais. Erros de pontuação, no caso da vírgula, da crase, ou de concordância, são muito comuns nas redações. Para evitá-los, o professor propõe que o candidato sempre revise o texto, de forma a corrigir possíveis equívocos.
- Temas que podem cair
Para o professor Marcelo Braga, é preciso estar bem atualizado. Por conta disso, os candidatos devem ficar ligados nos principais assuntos de 2012 e nas notícias que vão acontecer durante todo o ano. Grandes eventos como a Copa do Mundo, que acontecerá no Brasil, em 2014, podem ser cobrados nas próximas seleções. Além disso, temas como liberdade de imprensa, comissão da verdade, sustentabilidade, lixo eletrônico, eleições 2012, julgamento do Mensalão e a questão da capacitação profissional têm sido recorrentes entre as principais bancas. Fonte : Folha Dirigida
0 comentários:
Postar um comentário